Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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Queria comprender...
... ah, quem me dera compreender
os "pobres" de espírito interior.
Seu pensar, seus sonhos.
Sonhos de ouro e glórias.
As inuteis glórias do mundo!
Suas vidas são como poeira do chão
que um vento carrega pra lá e pra cá
e seus rostos brilham por trás de falsos letreiros
e refletem aquele brilho falso das esferas menores
onde o espesso e verdadeiro eu jamais é encontrado.
Tenho compaixão pelo sentenciados aos abismos da idolatria,
do egocentrismo.
Do pão que comem cru a cada novo dia
pois querem antecipar a hora da colheita,
sem aos menos terem tido a participação de suas mãos
no revolver da terra sagrada.

À palavra soberba,
ao rosto-enfeite moldado em falsos brilhantes,
desejaria oferecer para um clarão de dia nas trevas,
lírios do campo, cordeiros pastando,
crianças brincando de roda ao luar,
porta-retratos com flores e pássaros,
um quadro de Matisse,
uma formiga carregando uma pétala,
um luar de agosto cheio de pirilampos,
nuvens no céu
e um ocaso num mar de nuvens esmeraldas
para que se conscientize
que o verdadeiro e único brilho
é aquele que dinheiro nenhum compra
é o afeto e reverência pela vida,
que Deus doou ao coração humano
como o seu único e maior tesouro.
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 12/01/2016
Alterado em 12/01/2016
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