Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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Sôpro de Agosto
Os olhos se rasgam,
se contorcem,
as mãos crepitam sobre a testa,
as lágrimas voam de célula em célula,
os cabelos tremem e se curvam.

O corpo é um lago vazio
onde habita um monstro chamado silencio.
É uma jarra quebrada,
é um mar cujas ondas vacilam sobre as rochas,
onde um barco nebuloso encalhou
e aguarda o resgate.

Abraço a dor,
e a realidade é essa
que compra consciencias,
a que o  hoje parece ser o que resta desse culto às sombras.
E não posso deixar de me  derramar
dentro  dessa argila:

Deus tem que existir!
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 03/08/2023
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